A Vara Mista do Tribunal de Braga prossegue, segunda-feira, com a audição de testemunhas, o julgamento do ex-edil da Câmara de Braga, o socialista Mesquita Machado e de cinco outros ex-vereadores que integravam o Executivo.
Em maio de 2013, a Câmara votou a compra de três prédios anexos às Convertidas, por três milhões de euros, os quais tinham sido, propriedade de uma sociedade, a CCRII, cujo sócio era genro de Mesquita Machado.
O objetivo era recuperar o quarteirão, construir uma pousada da juventude e o Museu.
Os seis estão acusados de abuso de poder e participação económica em negócio.
No julgamento, a acusação quer provar que Mesquita quis beneficiar o genro, cuja empresa se encontrava em dificuldades. E decidiu adquirir os três prédios ‘à pressa’ para o ajudar.
A Defesa visa demonstrar que o projeto tinha interesse municipal, e que se tratou de uma decisão política, pensada um ano antes. E que a sua quota na sociedade urbanística já tinha sido vendida pelo genro ao então sócio na CCR II.
Na última sessão, além do ex-ministro Miguel Macedo, que confirmou que Mesquita lhe tinha telefonado a pedir a cedência do Convento, tutelado pelo MAI, o Tribunal registou o testemunho do ex-vereador do PSD, Serafim Rebelo, o qual disse, apenas, que se tratou de uma decisão política da então maioria socialista com a qual não concordou.
Luís Moreira (CP 8078)