O comandante da GNR no distrito de Braga, coronel Paulo Soares, destacou a gravidade “dos crimes contra a vida em sociedade, como fogo posto e condução de veículo com taxa de álcool acima do permitido”, que só no caso dos incêndios florestais “registaram um aumento de 641 casos, desde o início do ano até Outubro, em relação a igual período de 2016 no total de 1.385 casos, contrariando uma tendência geral de descida de crimes.
Aquele oficial superior, falando durante o Dia da GNR de Braga, revelou “ser o crime de incêndio/fogo posto em floresta, mata, arvoredo ou seara que sobressai”, a par dos crimes por condução em excesso de álcool, os mais preocupantes, embora neste último caso com menos 44 casos registadas, em 2017, num total de 926, o ano passado”.
“Entre o início deste ano e o final do passado mês de Outubro, apesar de registarmos um aumento relativamente ao período homólogo de 2016, facilmente concluímos que esse aumento se deve essencialmente à exponencial subida dos crimes de fogo posto, flagelo que assolou o nosso país de forma drástica”, salientou o coronel Paulo Soares.
Segundo revelou o comandante da GNR no distrito de Braga, “nos restantes crimes os indicadores registaram decréscimos, como se verifica nos crimes contra o património – roubos e furtos – que atingindo a cifra de 3.865, registaram uma redução em 48 crimes”.
“Já na criminalidade contras as pessoas, com os 2.806 crimes verificados, registaram-se menos sete crimes em relação ao período homólogo, enquanto nos crimes investigados pela GNR de Braga, como o tráfico de estupefacientes, com 115 crimes e 105 detidos e o crime de condução sem habilitação legal, com 280 crimes e 227 detidos, verificou-se uma diminuição em 62 ocorrências, em comparação com igual período no ano anterior”.
“Também na criminalidade grupal com registo de 81 casos (menos seis em relação ao mesmo período) e na criminalidade violenta com 140 crimes (menos um crime do que em 2016) é visível a tendência em diminuir a criminalidade, no distrito de Braga”, disse.
“No que à violência doméstica diz respeito, este ano registámos 1.004 crimes, menos um que no mesmo período do ano anterior”, revelou, tendo recordado que em 2016 “se tinha registado um aumento de 36 destes crimes, em relação aos registados já em 2015”.
A sessão foi presidida pelo comandante operacional da GNR, major-general Rui Clero.
Joaquim Gomes (CP 2015)