“Portugal é o seu povo”. Este foi o mote da intervenção do Presidente da República esta sexta-feira nas celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Braga.
“Se é verdade que os seus soberanos, os seus líderes, os seus chefes encheram também páginas da nossa História, não é menos que sem o povo, sem a arraia-miúda de que falava Fernão Lopes, não teria havido o Portugal que temos”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa.
Lembrou “esse povo quem morreu aos milhares na conquista do território, partiu em cascas de noz pelos oceanos para o desconhecido, ficou espalhado um pouco por todo o universo, e deixou língua, alma e saudades das raízes” e que ainda “esteve nos momentos decisivos para podermos vir a ser o que somos, desde os combates nos séculos XIV e XVII pela nossa independência, a nossa restauração”.
Para o Chefe de Estado o povo é o cimento da história nacional, fosse na independência do Brasil, de que se assinalam, este ano, os 200 anos, fosse na independência de Timor-Leste.
Num discurso de 15 minutos, a única referência que pode ser entendida de conteúdo político foi sobre as divergências entre o Governo central e os municípios a propósito da descentralização de competências, lembrando que os municípios surgiram “antes de serem submetidos ao Poder Central”.
.Marcelo sublinhou a participação de militares portugueses em missões como na República Centro Africana, bem como a capacidade do povo português no acolhimento de refugiados ucranianos.
Já concluir, Marcelo referiu-se à independência do Brasil, recordando o próprio avô António, saiu da região de Braga para tentar uma vida melhor no Brasil.
Aparentando algum cansado, o Chefe Supremo das Forças Armadas tinha à sua espera na avenida da Liberdade muitos milhares de pessoas, que sob um calor intenso não perderem qualquer momento das celebrações, cujo ponte alto foi o desfile militar.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)