Fernando Freire de Sousa é o novo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). No ‘cofre’ da comissão estão 3,4 mil milhões de euros de fundos europeus para aplicar.
A nomeação em regime de substituição foi divulgada ao final da tarde desta terça-feira, depois de o Governo entender que se mantiveram “válidos os pressupostos que deram origem” ao procedimento de exoneração do anterior presidente, Emídio Gomes.
Em comunicado, o gabinete do ministro do Planeamento e das Infraestruturas explica que Emídio Gomes “é exonerado por incumprimento reiterado das orientações da tutela sobre matérias inerentes ao exercício das suas funções”.
Freire de Sousa será nomeado até ao Outono de 2017, data em que o Governo se comprometeu a promover a eleição dos dirigentes das CCDR pelos autarcas das respectivas regiões.
O seu currículo inclui experiência governativa, já que foi secretário de Estado para a Competitividade e Internacionalização de Guterres e presidiu ao Fundo para a Internacionalização das Empresas (FIEP), onde geriu 20 milhões de euros. Agora, é consultor independente e professor na Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Anteontem, a sua mulher, Elisa Ferreira, tomou posse como administradora do Banco de Portugal.
O novo responsável pela CCDR-N encontrará um ambiente de guerrilha entre os autarcas da região, não só porque reclamam mais dinheiro do Portugal 2020 mas também porque o ministro Pedro Marques negociou directamente com os autarcas do Porto, Gaia, Matosinhos e Gondomar um reforço de verbas, sem incluir a CCDR-N ou os restantes municípios.
FG (CP1200) com JN