O empresário bracarense António Salvador vai contestar em setembro, na reabertura do ano judicial, uma ação de Domingos Correia, da construtora Europa Ar-Lindo, de Braga, que pediu ao Tribunal de Famalicão a penhora de bens pessoais e da mobília da casa de António Salvador (seu ex-sócio), por causa de uma alegada dívida de 438 mil euros (mais 40 mil de juros), derivada de negócios conjuntos em Moçambique.
Ao que o PressMinho soube, Salvador argumenta que nada tem de pagar dado que a suposta dívida está em discussão no Tribunal de Famalicão.
No presente processo, o juiz titular já notificou o empresário, tendo este proposto a substituição da ação executiva por uma garantia bancária.
A ação – subscrita pelo escritório Abreu Advogados do Porto – justifica a penhora com o facto de António Salvador ter ficado, em 2012, – através de um aval pessoal – com a posição contratual que a Europa Ar-Lindo detinha na sociedade moçambicana Britalar Ar-Lindo Moz, SA.
Este consórcio estava a executar a empreitada de reabilitação da Avenida Julius Nierere, por concessão do município de Maputo.
o processo, Correia – que em 2015 pôs um camião a circular em Braga com os dizeres “Caloteiro: paga o que deves!” – pede, também a penhora do ordenado que Salvador aufere no Sporting de Braga, bem como participações e créditos em sociedades a que está ligado.
No processo, a Ar-Lindo descreve o que chama de “complexa teia de empresas” e dá conta ao Tribunal de “movimentações societárias ocorridas nos últimos anos numa alegada tentativa de fuga de património relativamente aos seus credores”. O que Salvador tem vindo a negar!
A Europa Ar-Lindo refere, ainda, a existência de outras dívidas – que somam 360 mil euros – garantindo que vai colocar duas novas penhoras.
Aquando da disputa pública por causa do ‘camião do fraque’ os dois empresários reuniram-se duas vezes para tentarem um acordo, mas as negociações goraram-se.
Luís Moreira (CP 8078)