A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou esta quarta-feira a recuperação do material de guerra furtado nos paióis de Tancos e lembrou que a questão está a ser alvo de um inquérito do Ministério Público e da Polícia Judiciária (PJ).
“Confirma-se a recuperação de material de guerra que havia desaparecido de Tancos”, refere a PGR.
Segundo adianta, o caso é “objecto de investigação no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público, do Departamento Central de Investigação e Acção Penal”.
O processo, acrescenta, está a ser dirigido pelo Ministério Público coadjuvado pela Unidade Nacional Contra Terrorismo da Polícia Judiciária e com colaboração da Polícia Judiciária Militar.
“Este inquérito não tem arguidos constituídos e encontra-se em segredo de justiça”, conclui.
A Polícia Judiciária Militar (PJM) recuperou quase todo o material de guerra furtado nos paióis de Tancos, à exceção das munições de 9 milímetros, disse à Lusa fonte ligada à investigação.
A mesma fonte disse que o trabalho de peritagem para a identificação detalhada do material ainda não está concluído, mas já é possível confirmar que faltam as munições de pistola.
Em comunicado, a PJM anunciou que recuperou esta madrugada na região da Chamusca, a 21 quilómetros da base militar de Tancos, o material de guerra furtado, em colaboração com o núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.
O material recuperado já se encontra nos Paióis de Santa Margarida, à guarda do exército, onde está a ser realizada a peritagem para a identificação mais detalhada.
Entre o material roubado, divulgou o Exército em Junho, encontravam-se granadas de mão ofensivas, munições de calibre de nove milímetros, granadas foguete anticarro, granadas de gás lacrimogéneo e explosivos.