A Rússia informou esta sexta-feira que completou um muro de mais de 60 quilómetros que separa a Ucrânia da península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.
O Serviço Federal de Segurança russo (FSB) – antigo KGB – indica que a construção do muro tem em vista evitar a “infiltração de sabotadores” e combater a entrada de armas, drogas e outro tipo de contrabando por parte da Ucrânia no país.
“A estrutura é composta por um muro com mais de 60 quilómetros de comprimento e inclui algumas centenas de sensores de vários tipos, incluindo sensores de vibração e de raios X. Está também equipado com sistemas de circuito fechado de televisão para garantir um controlo mais eficaz da área durante a noite e em condições de má visibilidade”, revelou uma fonte do FSB, citada pela agência de notícias russa Sputnik.
O muro terá sido construído no istmo de Perekop, que liga a península da Crimeia ao continente europeu. A construção do muro foi iniciada em 2015, um ano depois de o Governo russo ter anexada unilateralmente a península da Crimeia ao seu território.
A estrutura contém um sistema de protecção, semelhante aos que são usados nas regiões do Médio Oriente e em áreas críticas, tendo em conta o “elevado risco de violação da fronteira”.
O presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, exprimiram esta sexta-feira, numa declaração conjunta, uma “grande preocupação” face aos últimos acontecimentos na Rússia e na região do Cáucaso, como “a situação dos Direitos Humanos na Crimeia, anexada ilegalmente pela Rússia; o recurso à força militar no estreito de Kerch, e as inspecções excessivas realizadas no mar de Azov”.
Fonte: Jornal Económico