O presidente da Câmara de Viana do Castelo disse ter proposto aos moradores do lugar da Cova, freguesia da Meadela, a “reinterpretação” do projecto de instalação, naquela zona, de um posto de abastecimento de combustível, já licenciado.
“Mesmo cumprindo a lei, tanto numa situação, como na outra, vamos reinterpretar o licenciamento do posto de combustível. Mostramos [aos moradores] disponibilidade para reunir com o promotor [do posto de abastecimento de combustível], sem compromisso. Vamos ver se chegamos a algum entendimento”, afirmou Luís Nobre.
O autarca socialista falava, esta segunda-feira à noite, no final de um encontro que se prolongou por mais de uma hora e meia, realizado após a reunião camarária, com representantes dos moradores.
Em declarações aos jornalistas, Luís Nobre disse ter proposto a “reinterpretação” do licenciamento apesar “em ambos os investimentos cumprirem o Plano Director Municipal (PDM) e, o Plano de Urbanização da Cidade (PUC)”.
Luís Nobre adiantou que a obra do posto de combustíveis “ainda não começou” e que o município vai “reinterpretar” o projecto para ir ao encontro das “preocupações das pessoas”.
“A cidade está a crescer e, aproxima-se das áreas residenciais. É um dos poucos espaços no perímetro da cidade que tem ainda crescimento e espaço para receber este tipo de actividades económicas”, referiu.
No final do encontro que não estava previsto, o porta-voz dos moradores, Pedro Reis, escusou-se a falar aos jornalistas.
DESVALORIZA ZONA
Mas antes, no período aberto à intervenção do público da reunião de Câmara, o porta-voz dos moradores, disse que o objectivo do movimento “apartidário” é o de ter acesso “à informação para perceber” o que vai acontecer naquele lugar da freguesia urbana da Meadela.
Segundo Pedro Reis, os moradores querem saber a razão de ter sido escolhido aquele local “onde vivem famílias”, que consideram que aqueles projectos “não trarão nenhum benefício, antes pelo contrário irão desvalorizar uma zona calma e residencial”.
Além da loja de material desportivo, o porta-voz dos moradores também manifestou “preocupação” pelo licenciamento de um posto de abastecimento de combustível naquela área.
Para o próximo dia 3 de Abril está marcada uma reunião entre os moradores e a vereadora do Planeamento e Gestão Urbanística, Fabíola Oliveira.
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