A União Europeia aprovou, esta quarta-feira, por maioria, a aplicação de tarifas de 25% a produtos a quase 1700 produtos norte-americanos em resposta às tarifas aplicadas pelos Estados Unidos da América (EUA) ao aço e alumínio europeus.
Os Estados-membros já deram o aval a esta primeira ronda de tarifas em resposta às taxas de Donald Trump sobre o aço e o alumínio que chegam a território norte-americano a partir da UE.
A decisão foi aprovada por maioria, com apenas a Hungria, de Viktor Orbán, a votar contra. Foi dada “luz verde” para taxar, na Europa, uma longa lista de bens norte-americanos.
Estão em causa quase 1700 produtos norte-americanos – desde produtos de cosmética, como perfumes e maquilhagem, a produtos agrícolas, como soja, milho e amêndoas, passando por componentes do setor automóvel – que vão passar a pagar pelo menos mais 25% para entrarem no espaço europeu.
Excluídos da lista de bens tarifados ficam produtos norte-americanos essenciais para os europeus, como os combustíveis.
De acordo com a Comissão Europeia, as tarifas de 25% aplicadas às exportações dos EUA terão um valor de mais de 22 mil milhões de euros, de acordo com as importações feitas em 2024 para os países da UE. É estimado, contudo, que o valor total poderá ascender a 26 mil milhões de euros.
Cabe agora à Comissão Europeia diligenciar o resto do processo, depois desta primeira fase. É esperado que as novas tarifas sobre produtos norte-americanos entrem em vigor já na próxima semana, entre os dias 15 e 16 de abril.
“A Comissão Europeia considera as tarifas injustificadas e prejudiciais, com consequências nefastas para os dois lados, assim como para a economia global”, afirma o Executivo comunitário, em comunicado.
Há, contudo, também produtos tarifados desta lista que só começarão a ser taxadas com o novo valor no próximo mês de maio e outros casos ainda em que as tarifas só se aplicarão a partir de dezembro.
Esta lista de produtos tarifados é uma estratégia da UE para pressionar os EUA a negociar as tarifas aplicadas sobre os produtos europeus. Isso mesmo fica claro no comunicado divulgação, esta quarta-feira, pela Comissão Europeia, que avisa a Casa Branca de que “estas contramedidas podem ser suspensas em qualquer momento, se houver um acordo com os EUA para uma solução justa e negociada”.
Com SIC e Observador
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