O executivo municipal de Vila Verde aprovou esta segunda-feira, com o voto desfavorável do vereador socialista José Morais, a abertura de um período de consulta a diferentes instituições bancárias com vista à contracção de um empréstimo bancário de médio/longo prazo, de perto de 4,7 milhões de euros, para liquidação antecipada de outros empréstimos.
Segundo o documento que sustenta a proposta, o empréstimo tem por finalidade a liquidação antecipada dos empréstimos de Saneamento Financeiro (no valor de 3.088.456,96 euros) e do da Proviver (de 1.580.091,98 euros).
Este novo empréstimo, até ao montante máximo de 4.668.548,94 euros, terá um prazo de doze anos e prevê um reembolso em prestações mensais constantes. A taxa de juro está indexada à taxa Euribor a seis meses, acrescida de ‘spread’.
José Morais dissonante com restante vereação PS
Para o vereador socialista José Morais, que de novo votou de forma diferente dos restantes eleitos do PS, a gestão social-democrata da Câmara tem mostrado “constante desequilíbrio financeiro das contas municipais, através de uma gestão pouco rigorosa que tem contraído dívidas atrás de dívidas, até ter sido resgatada financeiramente através de um empréstimo no âmbito do Programa de Apoio à Economia Local”.
“Verifica-se que afinal, em vez de se pagar aquilo que se deve, de forma célere, e aí sim, reduzindo a dívida camarária, opta-se por contrair novo empréstimo, de prazo mais alargado, indicando que a taxa de juro é menor e como tal, baseando-se em dados voláteis, como taxas de juro, acreditando-se que no final se pagará menos. Contabilidade ou futurologia?”, criticou.
Por outro lado, Luís Filipe Silva e Manuela Machado votaram a favor, por entenderem que o empréstimo visa “melhorar as condições para as operações financeiras” que o município tem em curso.
“A Câmara Municipal pretende contrair um novo empréstimo bancário para substituir dois empréstimos já existentes, beneficiando de uma melhoria face às taxas actualmente existentes. De referir, ainda, que o que estamos a votar actualmente está enquadrado no previsto no Orçamento de Estado para 2016 e que se trata apenas da abertura do procedimento para auscultar as entidades bancárias da praça”, frisaram.