Falam ou não? E onde está o cadáver? Estas são as duas principais incógnitas que o Tribunal de Instrução de Guimarães vai querer deslindar hoje durante a inquirição dos sete suspeitos do rapto e morte do empresário João Paulo Fernandes, de Lamaçães, Braga.
Ao que o PressMinho soube havia um pacto entre os arguidos para que ninguém prestasse declarações ao juiz e ao Ministério Público. No entanto, um dos dois principais suspeitos de ter mandado matar o empresário, o advogado Pedro Bourbón terá manifestado vontade de prestar declarações, o que iria obrigar os restantes a fazer o mesmo.
Para além deste aspeto, que pode determinar ou não, a prisão preventiva dos arguidos, falta saber onde está escondido o cadáver da vítima, ou se foi ou não eliminado ao ser embebido em ácido sulfúrico.
Os arguidos começaram a ser ouvidos ao início da tarde. Se resolverem falar é provável que as medidas de coação sejam lidas ainda hoje à noite, Caso decidam enfrentar as questões do juiz, só amanhã saberão se ficam ou não em prisão preventiva.
O empresário foi raptado a 11 de março à porta da garagem do apartamento em que vive na Rua Dr. António Palha, em Guimarães e na presença da filha de oito anos.
A PJ julga que terá sido morto no próprio dia em Valongo e que o cadáver foi escondido – enterrado ou enviado para o leito de uma barragem – ou liquefeito naquele ácido, até porque foi encontrado um barril com aquele produto.
Luís Moreira (CP 8078)