O grito de Américo ‘Doutor’ Simões, metalúrgico, expressa na perfeição a euforia que explodiu na alma arsenalista mal terminou a final da Taça de Portugal: “a Taça é nossa, carago!”.
O metalúrgico, 63 anos, confessou ao PressMinho que chegou a ver pairar sobre a Praça do Município, onde assistiu à partida através dos três ecrãs gigantes instalados pela autarquia bracarense, o “fantasma” da final da época passada, sobretudo quando o portista André Silva empatou o jogo (90+1).
Américo também veria Marafona, o guarda-redes dos Gverreiros do Minho, a afastar a “maldição” que parecia ensombrar as finais do Sp. Braga. “O melhor jogador? Marafona, Marafona e Marafona”.
O Renato Gomes, universitário, repetiu o grito de Américo: “a Taça é nossa, carago!”. Concorda com Américo e elege o vila-condense Marafona como o melhor “entre os heróis” da equipa bracarense. “ André Silva foi o melhor do Porto”.
Sobre o jogo, o estudante de pintura da Faculdade de Belas Artes do Porto, faz uma análise no mínimo curiosa. “Este jogo não foi para cardíacos”, diz, glosando o famoso filme ‘Este país não é para velhos”, dos irmãos Ethan e Joel Coen.
“Cheguei a pensar que o Braga ia ‘borrar a pintura’ outra vez. Estávamos todos a pensar que se iria repetir o que aconteceu com o Sporting no ano passado. Ainda agora não acredito que ganhámos”, confessa.
Também Américo tem uma confissão. “Estou muito contente com a vitória do Braga, mas se o Porto ganhasse também ficava feliz. Porquê? Porque o Porto é meu segundo clube e sabe como é: ‘mais vale uma taça na mão que duas a voar!’”. E antes de ser desaparecer na alegria que tomou conta do centro da cidade rematou para o PressMinho: “A Taça é nossa, carago!”.
Fernando Gualtieri (CP 1200)
Fotos: PressMinho/O Vilaverdense/O Amarense & Caderno de Terras de Bouro/ Desportivo Vale do Homem e agências