Ricardo Rio afirmou esta terça-feira no colóquio ‘Guias do Caminho de Santiago’ que “é essencial efectuar-se um trabalho concerta entre os vários municípios para a promoção do Caminho Português de Santiago”.
No colóquio, organizado pelo JN, no Porto, o presidente da Câmara de Braga avisou que é “extremamente prejudicial a existência de tentativas de apropriação ou de lógicas centralizadoras de uma única rota por parte de cada estrutura municipal ou dos vários agentes que actuam nesta área. “
O conjunto do território sai a ganhar se fizermos um esforço colectivo de valorização do Caminho e se houver uma harmoniosa articulação entre as partes”, sublinhou, lembrando que o Eixo Atlântico ( a que preside) foi constituída uma subcomissão para ajudar a identificar os passos a seguir para se atingir a desejada projecção e divulgação internacional.
“Os efeitos práticos desse esforço já se fazem sentir. De 2013 para 2015, o número de utilizadores do Caminho Português de Santiago subiu de 29 mil para 43 mil. Estamos a falar de um aumento extremamente significativo, na casa dos 44%, que nos faz pensar que é possível atingir o objectivo definido pelo Eixo que passa por, em 2021, termos uma importância tão significativa como o Caminho Francês”, realçou.
Património da Humanidade
Rio sublinhou que uma das facetas mais importantes para atingir esse desígnio passa pela classificação do Caminho Português como Património da Humanidade da Unesco, tendo essa candidatura sido recentemente aceite na lista indicativa de Portugal ao Património Mundial.
Ricardo Rio garantiu, ainda, que Braga está empenhada em garantir o desenvolvimento do Caminho de Santiago. “Somos um espaço natural de afirmação do Caminho, até pela ligação histórica entre as duas cidades e pelo papel que a Sé Catedral de Braga assume. Temos vindo a efectuar várias melhorias ao nível da promoção, valorização, sinalização e aumento dos meios de apoio aos peregrinos que partem de Braga para, em conjunto, contribuir para a valorização do Caminho no seu todo”, concluiu.