A solução para o envelhecimento não passa por “transformar o país num lar de idosos”, diz o presidente da União das Misericórdias. Por causa do aumento da esperança de vida e da baixa taxa de natalidade, Portugal está, na opinião do presidente da União das Misericórdias, a ficar “um país de velhos”, afirma Manuel Lemos em declarações à TSF.
Os desafios e as fragilidades do envelhecimento são precisamente os temas em debate no Congresso das Misericórdias, que decorre no Fundão.
Manuel Lemos defende que “a base do sistema tem de ser o apoio domiciliário, a casa das pessoas. Toda a gente gostaria de terminar os seus dias em casa. Porque não o fazem? Porque o apoio domiciliário não se adequa às realidades das pessoas”.
A realidade, avança Lemos, tem de ser enfrentada de forma articulada, sem “cada ministério a tratar da sua parte”.
Na mesma entrevista, Manuel Lemos aponta um exemplo de sucesso. “O salto que representou a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados na abordagem de alguns dos problemas dos idosos é uma prova que, quando os ministérios se conseguem articular entre si e depois com o setor social, há saltos qualitativos”.
O presidente da União das Misericórdias diz que tem tido um diálogo frutuoso com o actual Governo. Sobre a transferência dos hospitais para as misericórdias, revela que esse processo está agora numa fase de avaliação. E mostra-se convencido que todos vão concluir que o resultado é muito positivo sobretudo para quem vive longe de Lisboa e do Porto.
FG (CP 1200) com TSF