O procurador da capital francesa revelou esta terça-feira que o autor do ataque que matou um comandante da polícia francesa e da mulher tinha uma lista de alvos, que menciona profissões e personalidades.
François Molins concretiza: “polícias, jornalistas, músicos” são algumas das profissões identificadas nessa lista.
O procurador adianta que foram detidas três pessoas, próximas de Larossi Abdalla, o autor do duplo assassinato nos arredores de Paris, na última noite.
O atacante, após esfaquear até à morte o agente da autoridade, que trajava à civil, barricou-se na casa da vítima. Só depois da meia-noite é que a polícia fez o assalto final, abatendo o atacante. A mulher do agente foi encontrada já morta. Uma criança, filha do casal, foi retirada do local sem ferimentos mas em estado de choque.
O autor do duplo homicídio, identificado como Larossi Abballa, tinha 25 anos e foi condenado em 2013 por participar numa fileira ‘jihadista’, entre a França e o Paquistão, segundo a AFP, que cita várias fontes não identificadas.
Fonte policial avançou à France Presse que o atacante reivindicou ser do autoproclamado Estado Islâmico durante as negociações com as autoridades. Testemunhas no local afirmam ainda que o homem terá gritado “Allah Akbar” enquanto atacava o agente policial.
Em 2013, Larossi Abballa foi julgado com outros sete réus e condenado a três anos de prisão, com seis meses de pena suspensa, por “associação criminosa com vista à preparação de atos terroristas”, segundo uma fonte próxima do processo.
O crime ocorreu sob o estado de emergência em vigor em França desde os atentados do Estado Islâmico, a 13 de novembro passado, que causaram 130 mortos em vários ataques simultâneos em Paris e arredores.
FG (CP 1200) com TSF