O Tribunal de Instrução de Braga procede, esta quinta-feira, ao debate instrutório do processo que envolve sete arguidos acusados de serem causadores da morte de três estudantes da Universidade do Minho na queda de uma estrutura de caixas de correio de um prédio – semelhante a um muro – , em 23 de abril de 2014.
Na sessão anterior, o Tribunal aceitou a tese de Fernanda Pais, advogada dos estudantes, que diz, no requerimento de abertura de instrução, que a culpa da queda do muro “é da Câmara”, tendo constituído três novos arguidos, além dos quatro alunos já acusados.
Assim e para além dos quatro jovens, estão indiciados por crime de homicídio negligente, o engenheiro da Câmara, António Gonçalves – chefe da divisão de fiscalização – o fiscal António Afonso e José Manuel Fernandes o gestor da empresa de condomínios JM Condomínios – responsável pelas caixas de correio.
Os universitários João Miguel Afonso, de 19 anos, de alcunha o ‘Hobbit’, residente em Chaves, José Pedro Santos Monteiro, de 20 anos, conhecido como ‘Sayid’, de Paços de Ferreira, Luís Paulo Ferreira Pedro, o ‘Stick’, de 20 anos e morador na mesma cidade e André Alexandre Pinheiro Marinho, de Vermoim, Famalicão, também com 20 anos, estão acusados de, em abril de 2014, terem provocado que a base da estrutura, na rua do Vilar, rodasse sobre si mesma e caísse para a frente, esmagando quatro colegas de curso, três dos quais acabariam por falecer. Houve ainda quatro feridos ligeiros.
Luís Moreira (CP 8078)