Binali Yildirim garante que a situação na Turquia “está completamente sob controlo”, adiantando que 161 pessoas morreram na tentativa de golpe de Estado, negando as notícias que davam conta que os militares revoltosos teriam saído vitoriosos.
Já em declarações à televisão oficial turca, o general Umit Dundar, chefe do Estado-Maior interino das tropas leais ao presidente Erdogan, confirmou a morte de outras 90 pessoas – dois soldados, 41 polícias e 47 civis –, elevando para 194 o total de vítimas mortais da sublevação, entretanto abortada.
Num discurso ao país no palácio Cankaya, na manhã deste de sábado, na residência oficial do primeiro-ministro, Yildirim classificou o golpe de Estado falhado como uma “mancha negra” na democracia turca, acrescentando que foram evitados “problemas sérios”.
“Esses cobardes vão ter o castigo que merecem”, afirmou o chefe do Governo turco.
De acordo com a agência espanhola EFE, o primeiro-ministro turco adiantou que apenas 20 militares revoltosos morreram no decurso da tentativa de golpe de Estado, números que contrariam o balanço inicialmente avançado pelas Forças Armadas do país, que apontavam para 104 mortes de militares abatidos pelas forças leais ao presidente Erdogan.
Tal como o presidente Recep Tayyip Erdogan já havia feito, também Yildirim acusou o imã Fethullah Gulen , exilado nos Estados Unidos e antigo aliado de Erdogan, de estar por detrás da tentativa de golpe na Turquia.
A Turquia acusa Gulen de encabeçar uma “organização terrorista” e já havia anteriormente pedido aos Estados Unidos a extradição do imã, algo que os americanos recusaram.
“Um país que esteja ao lado de Fethullah Gulen não é nosso amigo”, disse Yildirim, sem nomear os Estados Unidos, aliados da Turquia na NATO.
Apesar da garantia do governo turco, a UNESCO decidiu suspender a reunião do Comité do Património Mundial em Istambul, na sequência da tentativa de golpe militar na Turquia, informou a organização.
FG (CP 1200) com TSF e jornal i