Vestígios de um tumor maligno foram detectados no osso do pé de um hominídeo com 1,7 milhões de anos, descoberto numa caverna da África do Sul.
Uma equipa de cientistas britânicos e sul-africanos descobriu num gruta de Joanesburgo, na África do Sul, aquele que já é considerado o caso de cancro mais antigo da história.
Depois de descobrirem as ossadas, os cientistas aperceberam-se de que um dos fósseis era composto por uma substância opaca, que poderia sugerir a presença de doença.
Os peritos da Universidade Central de Lancashire, no Reino Unido, submeteram o osso pré-histórico de um pé-esquerdo a exames para perceberem exactamente o tipo de patologia.
“Comparámos [o conteúdo do osso] com biopsias modernas feitas a pacientes de cancro e percebemos que era um tumor maligno”, explica Patrick Randolph-Quinney, biólogo e antropólogo na Universidade Central de Lancashire, escreve o Telegraph.
O cancro foi identificado como um osteossarcoma, um tipo de tumor maligno raro e agressivo que afecta, sobretudo, pessoas mais jovens.
A descoberta, publicada no Jornal Sul-africano da Ciência e divulgada pela revista National Geographic, sugere que, embora os estilos de vida modernos tenham aumentado a incidência do cancro, especialmente nos países industrializados, esta é uma doença que tem acompanhado a evolução do ser humano desde a pré-história.
Fonte: Lifestyle