Cerca de 37% dos incêndios ocorridos este ano ficaram a dever-se a negligência, informou esta sexta-feira a GNR no balanço da operação ‘Vigilância da Floresta 2016’, acrescentando que 35% têm causas desconhecidas, 19% são fogo posto, 7% surgem de reacendimentos e 2% advêm de causas naturais.
Desde o início do ano até esta sexta-feira, a GNR registou 10 548 ocorrências de incêndio, com 100 270 hectares de área ardida, com destaque para Arouca – 25 864 hectares, Águeda – 7 761 hectares, Arcos de Valdevez – 5 092 hectares, Vale de Cambra – 3 676 hectares e Anadia – 3 104 hectares.
Até ao momento, a GNR já deteve 11 pessoas pelo crime de incêndio e identificou 319, tendo elaborado 872 autos de contra-ordenação por infracção ao Decreto-Lei 124/2006, relativo ao Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios.
Até 15 deste mês, arderam 103 mil hectares no território do continente, mais do dobro da área ardida no mesmo período do ano passado.
Este ano houve menos ocorrências do que no ano passado, mas a área afectada é bem maior, cerca de três vezes superior à média entre 2006 e 2015.
A primeira quinzena de Agosto também bate recordes. Foi entre os dias 1 e 15 deste mês que ardeu a quase totalidade da floresta destruída pelos incêndios.
Os números constam do relatório provisório sobre incêndios florestais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.