O eurodeputado José Manuel Fernandes usou esta quinta-feira o Facebook para criticar o comportamento dos representantes do PS de Vila Verde, que apelida de “incendiários, populistas e extremistas”, a propósito das recentes tomadas de posição dos socialistas sobre os incêndios.
“Não gosto de abutres. Não suporto quem se aproveita da desgraça. Mas, em Vila Verde, para os ‘socialistas’ populistas, ávidos de protagonismo, preocupados com os votos, tudo vale! Para estes ‘socialistas’, se arde, ou se chove, a culpa é do presidente da Câmara. A menos que o presidente seja socialista!”, escreveu.
Num tom corrosivo, o actual eurodeputado, que presidiu à Câmara de Vila Verde entre 1997 e 2009, acusa os membros do PS vilaverdense de serem, “à sua maneira”, “incendiários e extremistas”. “Mentem, inventam, contam meias verdades, procuram lançar a divisão e a confusão. Aliás, onde estiverem estes “socialistas” há uma garantia: a intriga, o ódio e a confusão também estão”, frisa.
A utilização das aspas na palavra “socialista” também não é inocente. “Escrevi ‘socialistas’ porque estes na verdade não são socialistas. Não têm ideologia. São oportunistas com um discurso frustrado e ressabiado porque que não tiveram guarida nem no PSD, nem no CDS de Vila Verde”, critica.
No mesmo texto, José Manuel Fernandes considerada que “no caso dos incêndios a solução está na prevenção” e que “atirar dinheiro para cima dos incêndios nada resolver”.
“Todos os governos têm falhado. Nem sequer temos um cadastro florestal. Não se pode gerir o que não se conhece. Por outro lado, há que valorizar a floresta”, aponta, sublinhando que “a grande maioria dos fogos tem origem criminosa”.
“Tudo evidências que exigem acção, sobretudo do lado do governo. Se nada for feito do lado da prevenção teremos enormes desastres e os meios de combate nunca serão suficientes. É que os efeitos das alterações climáticas vão sentir-se cada vez mais”, termina.
Durante esta semana, o PS criticou aquilo que diz ser o “desinvestimento” da Câmara na prevenção e no combate aos incêndios, mostrando-se “absolutamente contra” a 7.ª alteração às Grandes Opções e Plano por prever, segundo os socialistas, “a retirada de verbas fundamentais para o combate aos incêndios”.
O presidente da Câmara, António Vilela, respondeu que “o PS e a população vilaverdense podem estar sossegados porque haverá sempre meios no que diz respeito às competências para prevenção e combate aos incêndios”.
Segundo o autarca, a alteração visa uma «”eorganização para fazer face a novas despesas”.
RRC (TP 2298)
