O técnico responsável da ATAHCA pela implementação do projecto PROVER – Promover e Vender, Paulo Pereira, disse esta sexta-feira que são entregues, por semana, cerca de 200 cabazes, o que equivale a “uma média de 1200 a 1300 quilos de produtos hortofrutícolas semanais que saem das explorações do Cávado”.
À margem do seminário ‘Circuitos Curtos Agro-alimentares – Iniciativas e Boas Práticas’, promovido no âmbito da Festa das Colheitas, Paulo Pereira explicou que a ATAHCA – Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave tem cerca de 12 produtores a trabalhar com o projecto, fornecendo seis núcleos.
“São núcleos que agregam produtores e consumidores que se abastecem dos cabazes PROVE. Temos em Vila Verde, na Póvoa de Lanhoso, em Braga e em Barcelos. O grosso está em Braga, onde dois pontos, na creche da Cruz Vermelha e no Hospital. Brevemente também uma grande empresa vai juntar-se a nós”, referiu.
Segundo o responsável, “todos os cabazes têm produtos dos vários produtores, que semanalmente se reúnem e, consoante as percentagens de produtos que entregaram, vão buscar o lucro da venda dos produtos do cabaz”.
O PROVE – Promover e Vender é uma metodologia que pretende contribuir para o escoamento de produtos locais, fomentando as relações de proximidade entre quem produz e quem consome, estabelecendo circuitos curtos de comercialização entre pequenos produtores agrícolas e consumidores, com recurso às TIC.
Projecto ‘SmartFarmer’
A ATAHCA vai implementar no seu território de abrangência a recém-criada plataforma informática ‘SmartFarmer’, desenvolvida pela OIKOS com o apoio da Fundação Vodafone, que se destina aos mercados de proximidade.
“Tem a vantagem de permitir que os chamados circuitos curtos se mantenham mas com maior abrangência. Por exemplo, um produtor do Cávado, que só vendia localmente, pode passar a vender a um consumidor que esteja de Coimbra ou de Lisboa”, explicou o técnico Paulo Pereira.
O ‘SmartFarmer’ – Portal Nacional de Mercados Electrónicos de Proximidade é uma plataforma que integra, verticalmente, vários SmartFarmers locais, os Mercados Electrónicos de Proximidade, concebidos como ferramenta de agregação da oferta e da procura, comercialização fácil e transparente no âmbito dos Circuitos Curtos Agroalimentares.
O custo entregas, asseguradas por uma empresa de transportes e logística, é assegurado pelo consumidor, ao fazer o pagamento do produto, não recaindo qualquer encargo sobre o produtor.
Ricardo Reis Costa (TP 2298)