Uma mulher de Braga foi condenada esta terça-feira a oito anos de prisão por tráfico de droga. A arguida alegou que o estupefaciente apreendido pelas autoridades policiais era para um tratamento de emagrecimento e para alívio da dor e não para vender.
O tribunal, contudo, deu como provado que a arguida traficava droga a partir da residência, no bairro de Santa Tecla, em Braga, e que ainda disponibilizava a habitação a toxicodependentes para o consumo.
Alguns dos ‘visitantes’ da arguida, identificados pela Polícia, testemunharam em tribunal que só frequentavam a residência para “comer” e “comprar cigarros”, explicação que não convenceu o colectivo de juízes, que concluíram que a arguida fazia do tráfico a sua ocupação principal.
A arguida, detida pela primeira vez em Outubro de 2014, mas acabando por sair em liberdade, continuou, segundo o tribunal, no ‘negócio’ da droga, o que levou à novamente à sua detenção em finais de 2015, tendo então sido decretada a sua prisão preventiva, situação em que se encontra.
A falta de arrependimento, o grau elevado da ilicitude e o facto de estarem em causa drogas duras – cocaína e heroína- pesou na decisão do tribunal.
Dois filhos da arguida foram condenados a dois anos e a três e noves meses prisão, mas saíram com as penas suspensas, o mesmo acontecendo com outros dois arguidos.