O Orçamento e o Plano Plurianual de Investimentos da Câmara de Amares para 2017 foram aprovados por maioria e com a abstenção dos Vereadores do Partido Socialista e do Movimento Independente ‘Amares Primeiro’. O presidente da Câmara caracterizou os documentos “como rigorosos e transparentes”, relevando que, para o próximo ano, o orçamento será de 13,5 milhões de euros mais 2,3 milhões em relação a 2016, “fruto do investimento já contratualizado para as obras nas duas escolas, para o cadastro da rede de águas residuais, PEPAL e de transferências no âmbito escolar”.
Reconhecendo que “o Município tem pouca capacidade para gerar receita”, estando dependente “dos fundos comunitários, verbas do Estado e empréstimos bancários”, Manuel Moreira considerou o orçamento como “interessante tendo em conta a conjuntura actual”.
O vereador do Partido Socialista começou por dizer que “números são números” e que os documentos “repetem questões e frases dos orçamentos anteriores” porque “foram obras não realizadas”.
“Fala-se muito em estratégia e continuação de estratégia o que é sinal de que se fez muito pouco”, referiu ainda Jorge Tinoco lembrando que “este Orçamento vai ser legitimado pelo povo e o povo vai saber dizer o que foi honrado ou não neste mandato, numa altura em que se fala muito em honrar os compromissos”.
Para o Movimento Independente, pela voz de Sara Leite, este “orçamento não surpreende porque não tem razões para isso já que se baseia na gestão da despesa e receita correntes”, acrescentando que “falta originalidade e criatividade na gestão da receita. Aliás, a obra que vem sendo falado desde o início do mandato, a requalificação da EB 2/3 só estará concretizada no mandato seguinte. Fala-se sempre das mesmas obras e não se sai disso”.
Sara Leite disse ainda que “falta uma orientação, definição daquilo que é a estratégia do Município. É uma gestão “toma lá, dá cá””, lembrando que “os 90% de rede de saneamento não foram mais do que parangonas de jornal porque tudo não passou de um sonho”. O próprio Gabinete de Apoio à Presidência mereceu críticas da vereadora: «o Sr. Presidente, que no passado, não se mostrou favorável a um terceiro vereador a tempo inteiro, criou este Gabinete e pediu-nos que déssemos o beneficio da dúvida e que no final do mandato se faria a sua avaliação, pois nós não lhe reconhecemos nenhum trabalho”.
“Se juntar os 400 mil euros por mandato gastos com o Gabinete, mais os 600 mil em Contratos Emprego Inserção, dá um milhão de euros que num mandato dá para fazer muitas coisas”, recordou a vereadora do MIAP.
“É uma posição que respeito”, respondeu Manuel Moreira, lembrando que “o ano passado fechamos, como sabe, um quadro comunitário e estamos a abrir um novo. O Município não tem capacidade para gerar receitas para grandes investimentos e precisamos de fundos comunitários para realizar obra”.
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P.A.P. (CP 9420)