O vereador do PS José Morais defende, em comunicado, que o executivo municipal de Vila Verde deve colocar o ensino superior como “prioridade” e critica aquilo que diz ser a “inércia” do presidente da Câmara nessa matéria. Para o socialista, a Casa do Conhecimento, que abriu esta segunda-feira as portas, ‘sabe a pouco’.
“É fundamental para Vila Verde ter um pólo de Ensino Superior, esse sim, capaz de criar sinergias que promovam conhecimento junto de toda a comunidade vilaverdense. Infelizmente ainda não é uma realidade em Vila Verde por inércia do Presidente da Câmara, que não soube até hoje nem promover, nem cativar nenhuma instituição de ensino a lançar essa oferta na nossa terra”, critica.
Para José Morais, a Casa do Conhecimento “é uma obra apresentada por António Vilela em 2009, que demorou sete anos a concluir, com um custo a rondar os três milhões de euros, sem que se saiba exactamente para que o vai servir além de ter reabilitado urbanisticamente a zona da antiga central de camionagem”.
“É suposto ser um local altamente tecnológico e o que encontramos aqui de mais inovador é a tecnologia 3D, que hoje está massificada e ao alcance de qualquer consumidor habitacional. Parece pretender desenvolver acções que as próprias escolas de ensino básico e secundário estarão perfeitamente habilitadas a desenvolver. Não foi sequer perceptível a envolvência da Universidade do Minho neste projecto”, refere.
Por isso, Morais defende que, ao nível da educação e do conhecimento, Vila Verde tem “outras carências” e aponta os exemplos de Amares – onde recentemente foi instalado o ‘novo’ ISAVE – Instituto Superior de Saúde do Alto Ave – e de Ponte de Lima.
“Vila Verde tem história no ensino gastronómico, das artes e da cultura. Há instituições interessadas em desenvolver este ensino superior no Vale do Homem e o Município de Vila Verde deverá ter um papel activo junto dessas instituições, garantindo que se instalam e desenvolvem actividade no nosso concelho”, frisa.
José Morais vinca também que a autarquia deve estar “atenta ao excelente trabalho desenvolvido pelo Instituto Politécnico do Cávado e Ave no que respeita à formação em áreas tecnológicas emergentes, como os jogos e multimédia”.
“Estas instituições devem ser desafiadas a desenvolver o ensino superior em Vila Verde, apresentando-se o Município como um forte parceiro das mesmas no que diz respeito às instalações e equipamentos”, realça.