O Parlamento Europeu (PE) aprovou esta quarta-feira a proposta da Comissão Europeia para o orçamento da União Europeia (UE) para 2017.
O PE propõe um montante de 161,8 mil milhões de euros em compromissos para promover o crescimento, o emprego e os investimentos em investigação ou infraestrutura como ferramentas para criar mais postos de trabalho na Europa. Ao mesmo tempo, este orçamento abordar os actuais desafios migratórios e de segurança enfrentados pela UE.
“Nós não vamos comprometer o futuro da UE. Independentemente dos novos desafios que hoje enfrentamos na Europa, este orçamento aposta no emprego e no crescimento. Os novos desafios devem ser abordados com mais meios, não através de cortes”, defendeu o eurodeputado do PSD, José Manuel Fernandes, que é o coordenador do Grupo PPE na Comissão de Orçamentos, criticando os cortes orçamentais de 1,32 mil milhões de euros propostos pelo Conselho da UE.
Mais flexibilidade e menos burocracia
O orçamento da UE para 2017 está directamente associado à revisão intercalar do Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2014-2020.
“Este orçamento da UE para 2017 deve contribuir para recuperar o enorme atraso na execução dos fundos e dos programas do actual QFP. Só em 2016, são 7,3 mil milhões de euros que não foram executados e que vão ser devolvidos aos Estados-Membros. A UE precisa de crescimento económico e de reforçar a sua competitividade. Para 2017, precisamos de mais flexibilidade e menos burocracia, no sentido de uma rápida implementação dos compromissos assumidos para com os cidadãos”, propôs o eurodeputado português.