O consórcio AuxDefense – que prepara uma nova geração de fardas mais resistente ao impacto, corte e perfuração – é apresentado quarta-feira, às 14h30, no Paço dos Duques, em Guimarães.
O projeto junta a Universidade do Minho, a Força Aérea, o Exército e as empresas Fibrauto, IDT Consulting, Latino, LMA e Sciencentris, além das universidades de Plymouth (Reino Unido) e Politécnica de Hong Kong (China). Conta com 782 mil euros, 89% vindos do Ministério da Defesa, e prolonga-se até 2018.
Segundo a Reitoria, a iniciativa prevê o uso de materiais auxéticos, isto é, que contrariam as forças que lhes são aplicadas, diz Raul Fangueiro, professor e coordenador da plataforma internacional Fibrenamics na TecMinho/Escola de Engenharia da UMinho.
Coletes, capacetes balísticos e fardamento de combate, incluindo joelheiras e cotoveleiras, vão incorporar aquela tecnologia. O conhecimento gerado será divulgado na futura Plataforma Internacional de Materiais Avançados para a Defesa e poderá ser ainda utilizado pelas entidades do consórcio noutros âmbitos em que a necessidade de absorção de energia e resistência ao impacto, ao corte e à perfuração assuma preponderância.~
Além da intervenção de Raul Fangueiro, o workshop conta com as palestras ‘Materiais do futuro’, por Paulo Antunes, da Critical Materials, e ‘Oportunidades na Defesa’, por Eduardo Neto Filipe, da Plataforma das Indústrias de Defesa (idD).
O consórcio AuxDefense evidencia uma nova visão da tutela, que aposta em parcerias na investigação, na conceção e no fabrico nacional de fardas anti-impacto inovadoras, entre outras características, e que pode transformar a forma como os militares executam algumas missões. O projeto enquadra-se no nível 7 da escala Technology Readiness Level, ou seja, tem em vista a eventual aplicação comercial ou industrial, podendo chegar ao mercado ‘civil’.
Luís Moreira (CP 8078)