“Se a vontade dos sócios foi que essa direcção fosse eleita, é notório que ela dispõe de credibilidade, para tomar as decisões que entendem mais favoráveis para o futuro da instituição”. É esta a interpretação da direcção da Juventude Centrista (JC) de Vila Verde em relação ao caso da não renovação da comissão de serviço do comandante Alberto Lomba no comando do corpo activo dos bombeiros de Vila Verde.
Na nota assinada pelo jovem Diogo Filipe Cunha, foca ainda que “deve ser do conhecimento geral que esta instituição (Bombeiros) não se encontra sobre a alçada do executivo municipal, como muitos ao longo dos últimos tempos tentam transparecer”.
No extenso comunicado, a JP de Vila Verde, esta assinala que “a instituição conta com todos os organismos necessários para que todas as questões possam ser resolvidas internamente. Pois tem sido notório o ataque constante feito por alguns Vilaverdenses, que se traduz por um total desconhecimento dos estatutos, competências e organização da associação”.
De resto, numa comunicação em que se percebe que os ‘jovens populares’ defendem as tomadas de posição da direcção liderada por Carlos Braga, são assinaladas as divergências internas: “Como deve ser conhecido por todos, as notícias constrangedoras sobre os bombeiros, comando e direção, começaram já a mais de três anos, a rutura total entre comando e direção é conhecida nas redes sociais e imprensa, pelo que não compreendemos, qual o espanto em a direção não renovar a comissão do comandante, porém estavam todos certos de que tal coisa iria acontecer, pelo que nada terá a ver com o incidente da famosa ambulância na festa das colheitas”.
A jovem estrutura liderada por Diogo Cunha vai ainda mais longe: “Temos ainda conhecimento, que no decorrer destes anos de mandato do Sr. Comandante, foram muitos os bons Bombeiros que abandonaram a instituição designadamente por não concordarem com o comandante. Lembro todos do comunicado do ‘Caso Márcia Costa’, onde foi apresentado um abaixo-assinado, contando com um elevado número de assinaturas de Bombeiros dessa instituição para o afastamento da mesma das funções que desempenhava de mais uns quantos escândalos debatidos nas redes sociais e na impressa. Não nos recordamos de tais problemas ligados a descredibilização, de certa forma até humilhação dos Bombeiros com anteriores Comandantes”.
COMANDANTE E MOVIMENTO CÍVICO?
Numa alusão às conotações e envolvimentos políticos na instituição, a JP foca que “denotamos que no conteúdo das últimas notícias tem sido muito frisado a questão da Câmara PSD, da ligação do executivo aos Bombeiros, estranho é termos chegado a uma conclusão descrita numa das últimas notícias onde é claramente exposto que o Sr. Comandante pertence ao Movimento Cívico, pois bem deixamos há reflexão de todos quem realmente estará a misturar tudo, entendemos que será este Movimento Cívico, mais notório será estas afirmações terem sido feitas de véspera da reunião de decisão de renovação ou não da Comissão do Comandante, onde se pode ler que o Movimento Cívico apresentava candidatura a Câmara”.
CMS (CP 3022)