O Presidente da República voluntariou-se esta quarta-feira para ser vacinado contra a gripe, dando o exemplo aos portugueses, e ajudar na promoção e venda da agenda solidária do serviço de pediatria do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa.
“Tal como há bocado, também já manifestei ao sr. ministro a disponibilidade para me vacinar contra a gripe para dar o exemplo aos portugueses – se eu apanho depois uma grande gripe, o sr. ministro é o responsável e tenho de rever alguns comentários que tenho feito sobre si…”, brincou Marcelo Rebelo de Sousa, hipocondríaco confesso, na cerimónia de lançamento da obra.
O chefe de Estado, na presença do responsável pela tutela, Adalberto Campos Fernandes, seguia assim a recomendação da Direcção-Geral da Saúde no sentido da necessidade de vacinação contra aquela doença e ofereceu-se também para, “um dia, no sítio que entenderem, estar lá a vender a agenda”, com uma tiragem de 15 mil exemplares e cujas receitas revertem para a instituição de oncologia.
“Num país em que se passa a vida a discutir aquilo em que não há acordo, há um domínio em que há um acordo e um consenso nacional tácito, não assinado, mas que é totalmente pacífico na sociedade portuguesa, que é o da saúde”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, reconhecendo “a falta de recursos e grandes limitações” e as “dificuldades de funcionamento do sistema”.
O Presidente da República referiu que o “IPO de Lisboa é uma marca na vida de todos os portugueses e que cala fundo”, lembrando as muitas vezes que visitou as instalações em regime de voluntariado ou acompanhando “membros da família, grandes amigos, menos jovens, crianças, partilhando momentos complicados, difíceis, mas também de esperança nas suas vidas”.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou as palavras “gratidão” e “esperança”, elogiando o trabalho desenvolvido naquela unidade de saúde e apelou à compra da agenda solidária.
Na agenda, com ilustrações de João Vaz de Carvalho, o chefe de Estado escreve sobre uma visita que fez com a mãe, assistente social, ao então bairro de lata do Casal Ventoso, quando tinha seis anos de idade.
Outras 11 figuras públicas têm textos na obra: Catarina Furtado, Nuno Markl, Afonso Cruz, Clara de Sousa, Margarida Pinto Correia, Boss AC, Victoria Guerra, Marisa Matias, Sobrinho Simões, Elvira Fortunato e Sandra Correia.
Fonte: Renascença