A dirigente do BE Catarina Martins considerou esta quarta-feira inaceitável a proposta do Governo para a integração de professores no Estado, que disse limitada a menos de 400 docentes, com o primeiro-ministro a admitir “negociar com espírito aberto”.
“Se isolar os que têm mais de vinte anos e horário completo são menos de 400. Não responde, não é possível, não é aceitável”, afirmou a deputada e coordenadora do BE, no debate quinzenal no parlamento.
Catarina Martins apelou ao primeiro-ministro para que reveja a proposta apresentada aos sindicatos para que “todos aqueles que cumprem necessidades permanentes” sejam integrados.
Caso contrário, afirmou, a proposta do Governo será apenas “operação de cosmética que só insulta professores e professoras”.
Na resposta, o primeiro-ministro disse que a proposta está apresentada aos sindicatos e que aguarda resposta, prometendo “negociar com espírito aberto, construtivo e visando o essencial”.
Para António Costa, o essencial será “assegurar plena cobertura das necessidades permanentes” da escola, afirmando não perceber por que é que numa área em que é possível prever as necessidades exista uma “incerteza absoluta” todos os anos.
“Claro que é necessário ter uma bolsa para fazer face a situações eventuais. Mas isso não se pode transformar no sacrifício de uma vida de não saber se vai trabalhar em Lagos, no Porto, na Guarda ou em São Miguel”, disse.
A deputada bloquista frisou que existem mais de vinte mil professores contratados e que, ainda que não cumpram todos horário completo, “merecem” a integração se assegurarem necessidades permanentes.
FG(CP 1200) com Sapo24