O dia dedicado a Santa Luzia, mártir da Igreja Católica dos séc. III-IV, é celebrado na Sé de Braga com quatro serviços eucarísticos ao longo do dia13 da próxima terça-feira.
Durante a manhã, serão celebradas Eucaristias às 8h30, 10h e11h30. O período da tarde é marcado pela oração do rosário às 17h00, sucedida pela celebração eucarística, que tem início às 17H30 horas.
Contemporânea das perseguições de Diocleciano, que decorreram entre 303 e 311, Santa Luzia foi martirizada na sua cidade natal: Siracusa, na Sicília. Ficando sem pai ainda muito jovem, terá sido prometida em casamento a um homem rico pela sua mãe, Eutícia.
Todavia, a jovem pretendia preservar a sua virgindade, consagrada por si a Cristo, pelo que atrasou o matrimónio durante um longo período. Oriunda de uma família rica, Santa Luzia possuía um dote avultado que viria a distribuir pelos pobres com autorização de sua mãe, depois de esta ter sido curada de uma doença hemorrágica durante uma peregrinação que as duas fizeram ao sepulcro de Santa Águeda, em Catânia, na Sicília. Sabendo notícias da distribuição da fortuna familiar pelos pobres, o seu noivo denuncia-a ao perfeito de Siracusa, Pascásio, acusando-a de professar a fé de Cristo.
Presa, Santa Luzia é condenada à desonra, mas nem os guardas conseguiram movê-la do chão, nem várias juntas de bois, tal era a força da sua fé. Santa Luzia é, muitas vezes, representada com bois em seu redor, mas a imagem mais icónica da mártir é a salva com os seus olhos, arrancados durante a tortura que antecedeu a sua morte.
Em Roma, contam-se pelo menos vinte igrejas com o seu nome, constituindo uma devoção antiga e popular. Na Escandinávia, Santa Luzia está associada ao Solstício de Inverno. O seu nome luminoso, do latim ‘lux’, está, nos países nórdicos, associado à ‘Lussinatta’, a noite de Santa Luzia, durante a qual raparigas vestidas de branco com uma fita vermelha à cintura e velas nas cabeças, carregam doces numa procissão. Representam o prenúncio da chegada da luz.
Luís Moreira (CP 8078)