A ANIECA (Associação Nacional das Escolas de Condução) desistiu, esta quarta-feira, no Tribunal de Braga do pedido de indemnização cível de 55 mil euros que formulara contra o seu ex-sócio, António Fontes, por causa de uma notícia nos jornais O Vilaverdense e JN.
António Fontes, que foi o autor da denúncia ao Ministério Público que acabou na acusação contra 43 arguidos por corrupção nos exames de condução – caso que será julgado em Janeiro – era acusado pela ANIECA de ter sido a fonte de uma notícia daquele jornal, de Dezembro de 2015, que dava conta de que haveria um examinador do Centro de Exames da ANIECA, de Vila Verde, que dormitava em pleno exame. Hipótese que o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) arquivou, por não ter encontrado provas de que tenha dormitado durante as os exames práticos.
Na audiência preliminar, em que participou o presidente da ANIECA, Fernando Santos ficou acordado – e homologado pelo juiz – que António Fontes fará uma publicação num jornal regional, na qual, embora salientando que nada teve a ver com a notícia, dirá que a Associação é pessoa de bem e está ao serviço do sector.
António Fontes, que foi defendido pelo jurista Pinto Monteiro, e é dono de duas escolas de condução no distrito, tinha já sido expulso da ANIECA. E é assistente no julgamento. Mas escusou-se a comentar a hipótese de ter sido alvo de uma ‘represália’ da ANIECA.