Água com espuma e com coloração fora do normal são a face visível de mais uma descarga na Ribeira de Febros (afluente do rio Cávado), entre a Lage e a Vila de Prado, ocorrida na última noite/madrugada. O alerta foi dado pela população.
No local estiveram a junta de Prado e a Protecção Civil Municipal, que fizeram o levantamento da situação e a reportaram ao Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, a entidade que zela pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares referentes a conservação e protecção da natureza e do meio ambiente, dos recursos hídricos, dos solos e da riqueza cinegética, piscícola, florestal ou outra, previstas na legislação ambiental, bem como investigar e reprimir os respectivos ilícitos.
“Estas descargas aconteciam com muita frequência, mas – há algum tempo a esta parte – deixaram de acontecer”, relata o autarca de Prado, Paulo Gomes. “Penso que aproveitaram a chuva das últimas horas para realizar a descarga”, acrescenta. E não tem dúvidas que “os infractores são os mesmos de sempre. Compete ao SEPNA investigar, mas são descargas provenientes da zona da Lage”.
Na óptica do autarca, “pouco mais há a fazer que denunciar e repudiar este tipo de situações”. Pede-se, por isso, “punição severa para o(s) infractor(es)”.
A Protecção Civil Municipal de Vila Verde avança que fez chegar uma denúncia/exposição ao SEPNA e aguarda pela investigação.
No entanto, deixa expresso a importância de haver “sensibilidade para a protecção do meio ambiente. E isso passa por cada um de nós”.
O caso segue agora os trâmites habituais: a recolha de amostras e a tentativa de identificação do(s) infractor(es).
Uma coisa é certa, a recolha das amostras já poderá ser infrutífera, uma vez que – à hora que foi registado o evento – o SEPNA não tinha equipas operacionais. “Ocorreu por volta das 24h00, o que implica que só esta manhã foi reportado às autoridades competentes”, refere o autarca de Prado.
CMS (CP 3022)