O encerramento da central nuclear de Almaraz, em Espanha, e a realização de análises à qualidade das águas do rio Tejo foram apontados esta segunda-feira pelo proTEJO – Movimento pelo Tejo como os objectivos a alcançar este ano.
Em comunicado, o movimento ambientalista dá conta da estratégia definida para o combate à poluição do rio Tejo e que passa pela realização de uma “manifestação contra a poluição do Tejo e seus afluentes caso a poluição destes se mantenha com o elevado nível de intensidade com que tem vindo a ocorrer desde Novembro de 2016, com principal origem na zona de Vila Velha de Ródão”.
Tendo referido a “elaboração de propostas legislativas” e de “um contributo” para o Plano Anual de Acção Integrada de Fiscalização e Inspecção da Bacia do Tejo, “identificando alvos a serem objecto da acção das entidades competentes”, o proTEJO disse que vai “convidar” os municípios ribeirinhos “a realizarem análises da água” do rio Tejo e seus afluentes no sentido de “monitorizar a qualidade da sua água e a sua carga poluidora”.
Uma medida que deve avançar no imediato, defendem José Moura e Paulo Constantino, porta-vozes do movimento, “enquanto a Agência Portuguesa do Ambiente não implementar a rede de monitorização da qualidade da água” prevista no Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo.
O Movimento pelo Tejo referiu também que vai “solicitar informação sobre a definição do regime de caudais ecológicos que serão estabelecidos nas barragens do Fratel e Belver-Ortiga e na revisão da Convenção de Albufeira”.
Os ambientalistas fizeram ainda saber que vão “participar activamente nas actividades com vista ao encerramento da central nuclear de Almaraz e à anulação da decisão de construção do armazém temporário individualizado” (ATI).
Na missiva, o proTEJO disse que vai promover o debate político da situação do rio Tejo e seus afluentes entre os candidatos às autarquias locais, programar um seminário sobre o rio Tejo e seus afluentes e realizar a actividade “vogar contra a indiferença” de 2017, em data a anunciar.
Fundado em Setembro de 2009, o Movimento pelo Tejo – proTEJO é um movimento de cidadania informal que nasceu em Vila Nova da Barquinha, na zona do Médio Tejo, distrito de Santarém. Agrega 72 cidadãos e 38 organizações, entre as quais oito associações ambientalistas, 13 associações culturais, sociais e desportivas e cinco de cidadania e desenvolvimento regional, para além da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e os municípios de Abrantes, Azambuja, Chamusca, Golegã, Mação e Vila Nova da Barquinha, entre outros.
Fonte: Renascença