O Agrupamento de Centros de Saúde Cávado II – Gerês/Cabreira alerta para os perigos da ’Lagarta do Pinheiro’ (ou ‘Processionária’), que é o principal insecto desfolhador dos pinheiros e cedros em Portugal. O seu nome advém do facto de se constituírem longas procissões de lagartas, que se dirigem das árvores para o solo, onde irão crisalidar.
Nos últimos anos têm-se observado ataques de elevada intensidade desta praga, facto que se atribui principalmente às condições climáticas.
Em ambiente urbano, este insecto impõe uma vigilância constante e combate urgente e atempado, sobretudo em caso de ataques severos e sucessivos, dadas as consequências que pode trazer em termos de saúde pública.
As lagartas libertam milhares de pêlos urticantes que se espalham pelo ar, podendo causar graves reacções alérgicas no Homem e animais e, em casos extremos, a morte.
Em todo o caso, segundo a informação disponibilizada, “a solução não residirá, nunca, no abate das árvores infestadas, tanto mais que se dispõe de uma série de medidas alternativas de controlo deste insecto”.
Como método preventivo do aparecimento da praga, o ACES aconselha a colocação de armadilhas sexuais para captura das borboletas macho nos pinheiros normalmente atacados, antes do final da Primavera.
Os tratamentos insecticidas com os produtos autorizados só são eficazes nos primeiros estádios de desenvolvimento das lagartas, geralmente entre Setembro e meados de Novembro.
A destruição mecânica dos ninhos até finais de Dezembro, sempre que possível de efectuar, “é um excelente meio de limitar a praga”.
Na altura das procissões, que podem ocorrer de Janeiro até Abril, de acordo com as regiões do país e as condições do clima, podem interceptar-se e destruir-se as lagartas antes que se enterrem no solo.