O principal arguido do ‘caso SPDE’, Eduardo Silva (Edu”), afirmou esta sexta-feira no seu julgamento que “nunca em momento algum em fiz um ‘transfer’, um acompanhamento, ao presidente do Futebol Clube do Porto fora do Estádio do Dragão, nem lhe fiz qualquer tipo de segurança pessoal”.
“A nossa missão era fazer uma primeira barreira temos experiência muito grande no Estádio do Dragão conhecemos toda a gente, fazer a comunicação entre a claque e o próprio clube”, acrescentou Eduardo Santos Silva.
“Em situações pontuais acompanhei a comitiva e pediram-nos que nos hotéis filtrássemos quem quisesse entrar, por causa de alguns adeptos do Futebol Clube do Porto”, salientaria Eduardo Jorge Lopes Santos Silva, de 44 anos, o proprietário da empresa SPDE – Segurança Privada e Vigilância e Eventos.
Eduardo Silva disse que “conheci Antero Henrique [o vice-presidente do Futebol Clube do Porto] em 2004 quando fui levantar o caderno de encargos ao Futebol Clube do Porto e depois fiz um levantamento para saber o que era preciso para fazer-se em termos de segurança pessoal no Estádio do Dragão”.
Respondendo igualmente ao juiz-presidente do Tribunal Colectivo, Miguel Teixeira, o arguido ‘Edu’, referiu que «às vezes falava com o senhor Antero Henriques quando o Futebol Clube do Porto se atrasava no pagamento e a situação ultrapassava certos valores».
‘Edu’ confirmou que a sua empresa “fez segurança privada na casa da irmã do presidente do Futebol Clube do Porto, na rua de Cedofeita, no Porto, mas fizemos um contrato à parte, porque era questão pessoal e implicava ter ali quatro homens diariamente para assegurar todos os turnos 24 horas por dia”.
Eduardo Silva, o principal arguido do processo, negou ter feito qualquer tipo de segurança a Fernanda Miranda, a então mulher de Pinto da Costa, tendo “dado boleia, na companhia do meu colaborador Nélson Matos, porque nesse dia também ia ver um jogo do Futebol Clube do Porto ao Estádio do Dragão”.
JG (CP 2015)