O executivo municipal de Vila Verde aprovou esta terça-feira, por unanimidade, em reunião extraordinária, os termos para a contratação do empréstimo bancário de mais de dois milhões de euros, uma formalidade necessária depois de nova comunicação do Tribunal de Contas.
O tema terá agora que ser aprovado pela Assembleia Municipal, que reúne na próxima segunda-feira, nos Paços do Concelho.
Só depois poderá ser submetido ao Tribunal de Contas, que, recorde-se, já remeteu o processo por três vezes à autarquia por ser necessário acrescentar alguns dados em falta.
JOSÉ MORAIS (PS) CRITICA GESTÃO “CANSADA”
Em comunicado, o vereador socialista José Morais lamentou que as obras constantes do plano de investimento apresentado pela autarquia ainda não estejam em marcha, pelo facto de o Tribunal de Contas ainda não ter validado a operação relativa à contratação de um empréstimo bancário.
“Quando todos esperávamos que as obras começassem a ser executadas, fomos novamente confrontados com mais uma devolução do processo – a terceira – por parte do Tribunal de Contas, que até hoje ainda não atribuiu o visto à operação bancária”, refere José Morais.
Para o vereador do PS, “este atraso só acontece porque a Câmara de Vila Verde não é capaz de se entender com o Tribunal de Contas”.
“Andam há sete meses a trocar documentação e a devolver processos, atrasando as obras e com isso prejudicando o desenvolvimento do concelho de Vila Verde e das suas freguesias”, frisa.
Morais lamenta, por isso, “esta gestão camarária desgastada, cansada, incapaz gerir até o simples processo de um empréstimo bancário junto do Tribunal de Contas”.
O empréstimo de 2.085.950 euros foi aprovado por unanimidade no dia 22 de Agosto e destinava-se a um plano de investimento, proposto pela maioria do PSD, para a realização de diversas obras no concelho, nomeadamente em termos de abastecimento público e saneamento e de mobilidade e segurança rodoviária.
O PS votou favoravelmente porque “muitas das obras que constavam da listagem” apresentada na ocasião “reflectiam obras necessárias, urgentes e essenciais para o concelho”.
“O Partido Socialista, tal como tem feito desde o início, continuará a votar favoravelmente este empréstimo, exigindo que todas as obras sejam feitas no prazo que o presidente da Câmara indicou: Agosto de 2017”, conclui José Morais.
RRC (CP 10478)