O presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, assegura que a autarquia recorreu à contratação de serviços externos de consultoria “seguindo escrupulosamente os ditames legais previstos no decreto-lei nº 18/2008 de 29 de Janeiro” .
E acrescenta: “atendendo à quantidade de projectos em curso no município de Amares, não se encontravam disponíveis recursos humanos para responder em tempo útil às especificidades que envolvem a elaboração destes projectos, designadamente levantamento de necessidades, elaboração de estudos prévios, projectos de arquitectura e especialidades”.
Esta é a reacção do autarca ao comunicado emitido esta quarta-feira pelo PS de Amares, que acusa o executivo de fazer ajustes directos “misteriosos” a empresas de consultoria.
Em causa está um contrato assinado a 10 de Janeiro, entre o município amarense e a Cotefis, por ajuste directo, relativo ao fornecimento de serviços de consultoria para a ‘Praça do Comércio – Ferreiros’, no valor de 68.000 euros.
Entretanto, a 25 de Janeiro de 2017, a Câmara assinou com a Duolínea, também por ajuste directo, um contrato de fornecimento de serviços de consultoria para o ‘Parque da Feira Semanal’, no valor de 45.500 euros.
“Na última reunião de Câmara, realizada em 6 de Fevereiro de 2017, foi apresentada aos senhores vereadores uma proposta inicial de reabilitação da praça que já reúne várias sugestões recolhidas em diferentes momentos de auscultação da população”, diz Manuel Moreira.
Também através de comunicado, o presidente da Câmara adianta que, a esse respeito, “tal como foi transmitido, será realizado, numa fase seguinte, um debate público com a população”. “Entretanto, espera-se que, já na próxima reunião do dia 27 de Fevereiro, os senhores vereadores tragam as suas sugestões e apreciações”, acrescenta.
O estudo para melhoria das condições da Feira Semanal “está a ser preparado e será apresentado publicamente logo que reúna condições técnicas para o efeito”, revela ainda o edil.
A finalizar, Manuel Moreira lamenta a posição do PS de Amares, “que, em vez de se congratular com investimentos que ultrapassam dois milhões de euros no Concelho de Amares, procura ‘mistérios’ e ‘estranhezas’ criando histórias e ficções para desvalorizar a conquista de milhões de euros de financiamento para concretizar obras verdadeiramente essenciais para a projecção e qualidade de vida dos amarenses”.