A Câmara Municipal de Vila Verde emitiu esta quarta-feira um comunicado em que se mostra “incrédula” com a posição pública do vereador do PS José Morais, sobre as obras no Regadio Sabariz-Cabanelas, considerando que se trata de “claro aproveitamento político”.
“Lamentamos ainda que o senhor vereador da oposição esteja constantemente à espera dos resultados do trabalho do executivo social-democrata vilaverdense, o que apenas se justifica por desconhecimento completo dos trâmites normais dos dossiês, relembrando o episódio, caso se venha realmente a verificar, da requalificação da EN101, para assumir paternidades extemporâneas”, refere o comunicado.
O executivo liderado por António Vilela lembra que anunciou, no dia 21 de Fevereiro, ter reunido com representantes da Direcção Regional de Agricultura do Norte (DRAN) e Junta de Regantes, a fim de acertar os últimos pormenores para a realização das obras de requalificação do regadio de Cabanelas, Prado e Soutelo.
Nessa data, a Câmara comunicou que o representante da DRAN, António Mota, anunciou que o procedimento do concurso para construção do regadio deverá avançar até final de Março de 2017, num investimento global acima de 7 milhões de euros suportados por fundos comunitários e servirá uma área aproximada de 327 hectares.
A reacção do executivo surge poucas horas depois de o vereador socialista José Morais ter anunciado ter recebido da parte do Secretário de Estado da Agricultura, Luís Vieira, a confirmação da assinatura do contrato de financiamento para requalificar o Regadio de Sabariz-Cabanelas.
Para a Câmara, Morais veio a público “anunciar um investimento já acordado com quem direito”.
“O município de Vila Verde, as empresas vilaverdenses e todos os vilaverdenses gostariam sim, pois não importa a paternidade verdadeira ou extemporânea, de obter uma resposta célere de quem de direito sobre o porquê da não inclusão de Vila Verde no Plano de Intervenções a Parques Industriais apresentado este ano pelo actual Governo”, frisa a autarquia.
“Relembramos que o Município de Vila Verde, em finais do 2015 e inícios de 2016, apresentou duas pré-candidaturas, no âmbito da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CDRN), para a acessibilidade e requalificação dos parques industriais de Oleiros e Gême, as quais não foram tidas em consideração e nem são conhecidos os critérios adoptados para distribuir os 180 milhões de euros pelo actual Governo suportado pelo Partido Socialista, pelo Bloco de Esquerda e pelo Partido Comunista”, termina o comunicado.