Familiares do empresário bracarense raptado e assassinado solicitaram mais de um milhão e meio de euros de indemnização aos sete homens acusados dos crimes de sequestro e de homicídio de João Paulo de Araújo Fernandes.
A filha, agora com nove anos, através da sua mãe, pediu mais de um milhão de euros, enquanto os pais da vítima, Fernando Martins Fernandes e Maria das Dores de Araújo Paredinha Fernandes, solicitaram ainda 600 mil euros, a fim de serem ressarcidos de danos patrimoniais e morais devido aos crimes.
Os arguidos acusados de autoria são os irmãos Bourbon (os advogados Pedro e Manuel, bem como o economista Adolfo), o terapeuta Emanuel Marques Paulino (‘Bruxo da Areosa’), o ‘segurança’ Rafael Silva (‘Neil’), o gerente comercial Luís Filipe Monteiro e o mediador de seguros Hélder Moreira, este “arrependido”, que descreveu os pormenores dos crimes à Polícia Judiciária.
A vítima, de 41 anos, empresário da AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado), uma das grandes subespecialidades da engenharia mecânica, estava emigrada em França e tinha ido a Braga passar o fim-de-semana com a filha única, então com oito anos, que assistiu ao rapto e fugiu a correr para a Farmácia de Lamaçães na Avenida de António Palha, em Lamaçães, Braga.
O Ministério Público acusa os sete homens de envolvimento nos crimes, cujo móbil terá sido a luta pelo património imobiliário dos pais da vítima avaliado em cerca de dois milhões de euros, que terá sido “escondido” dos credores, a fim de alegadamente evitar o pagamento de 300 mil euros aos fornecedores e trabalhadores das suas empresas, a Fernando M Fernandes e a InMetro.
De acordo com a acusação do DIAP da Comarca de Braga, o advogado Pedro Bourbon e o ‘Bruxo da Areosa’ terão congeminado uma estratégia para tirar as duas dezenas de imóveis do alcance dos credores do casal septuagenário Fernandes por um ‘período de segurança’ de cinco anos, nas nem Pedro Grancho Bourbon, nem o ‘Bruxo da Areosa’, estariam dispostos a devolver o avultado património, que ’’esconderam’ na ‘empresa-cofre’, a Monahome.
JG (CP 2015)