Um funcionário da empresa C. Santos, concessionária da Mercedes no Porto, nega a acusação de ter “ajudado” a furtar quatro automóveis daquela marca, da sua própria entidade patronal, por parte do grupo suspeito pelos crimes de rapto e assassínio do empresário bracarense João Paulo de Araújo Fernandes.
A juíza de instrução criminal está convencida que “sim” e decidiu agora levar a julgamento aquele arguido, Filipe Leitão, à data responsável de pós-venda da empresa Mercedes C. Santos VP, cliente e cunhado de um dos seus principais co-arguidos, Emanuel Marques Paulino, aliás, ‘Bruxo da Areosa’.
Filipe Leitão, chefe de vendas, faz parte dos nove acusados do caso do rapto mortal de Braga, mas por segundo a Polícia Judiciária e o Ministério Público, ter revelado os códigos de alarmes da empresa C. Santos, onde estavam os quatro Mercedes furtados para os crimes, dois dos quais em utilização directa para executar o rapto, tendo a vítima sido transportada num dos Mercedes e que depois foi por isso incendiado, na Via Norte, na EN 14 (Braga – Porto).
O arguido Filipe Leitão é acusado de um crime de furto qualificado, por ter, segundo a acusação, revelado o código para o furtarem os Mercedes.
Segundo o despacho proferido pela juíza de instrução criminal do Porto, teria sido Filipe Leitão quem “deu aos outros arguidos os elementos para assaltar a Mercedes, conforme entendemos estar indiciarmente demonstrado” e isto “apesar de o mesmo negar tais factos, mas não soube explicar o conteúdo das escutas que o envolvem nesta situação”, o furto dos veículos.
Nas alegações finais, o seu advogado, Sérgio Coelho, afirmou que “o meu cliente está inocente e por isso não deve sequer ser submetido a julgamento”.
“Não foi despedido pela entidade patronal, a C. Santos, desde logo porque nunca forneceu qualquer tipo de código dos veículos Mercedes, os quais, só seriam conhecidos do responsável informático que os criara aleatoriamente”.
Filipe Alexandre Duarte Aguiar Leitão, de 39 anos, que é casado, natural de Valongo e residente em Paredes, seria cliente de um dos principais arguidos, Emanuel Marques Paulino (‘Bruxo da Areosa’), terapeuta, a quem atribuiria o facto de a sua mulher ter engravidado, além de o ter curado de um “cancro”.
JG (CP 2015)