O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse esta quinta-feira que o tabaco foi considerado em Portugal “um problema de saúde prioritário”, anunciando que a Linha de Saúde 24 passará a dispor de mais capacidade para apoio à cessação tabágica.
“No segundo semestre deste ano, a Linha de Saúde 24 passará a dispor de mais capacidade no apoio específico à cessação tabágica. A epidemia do tabagismo é devastadora mas é controlável”, afirmou o ministro da Saúde, enumerando outras medidas levadas a cabo pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Adalberto Campos Fernandes referiu que, em todo o território nacional, existe cobertura para consultas de cessação tabágica e foi alargada a comparticipação a medicamentos para deixar de fumar, elogiando os resultados “impressionantes” dos dois primeiros meses do ano.
O governante vincou que também o Ministério da Educação está envolvido nesta “prioridade” através de acções em meio escolar que incluem a temática do tabagismo.
O governante, que falava na sétima Conferência Europeia do Tabaco e Saúde, que teve inicio esta quinta-feira, no Porto, prolongando-se até sábado, e na qual também participam o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a rainha Letizia de Espanha, o comissário Europeu da Saúde e Segurança e o ministro da Saúde de Espanha, começou por enviar um “fortíssimo abraço” aos responsáveis e voluntários da Liga Portuguesa Contra o Cancro, entidade que organiza o evento.
“O tabaco tem sido um dos maiores flagelos que atinge a saúde pública. Se nada fizermos, este problema agravar-se-á a ao longo do presente século. O tabaco mata actualmente em todo o mundo cerca de seis milhões de pessoas. Em Portugal cerca de 30 pessoas morrem por dia em Portugal”, disse Adalberto Campos Fernandes.
O ministro mostrou-se preocupado com as desigualdades uma vez que, disse, “quando olhamos para o que foi conseguido em termos de prevenção, concluímos que os ganhos se distribuem de forma muito desigual” já que “são os mais pobres e os mais vulneráveis que apresentam maiores consumos e menos motivação para deixar de fumar”.