Paulo Sousa anunciou, esta sexta-feira, em comunicado, que vai liderar uma lista de cidadãos independentes à Câmara Municipal de Terras de Bouro, depois de o seu nome ter sido chumbado pela Distrital do PSD, que indicou Manuel Tibo como candidato social-democrata.
No mesmo texto, Sousa nega ser militante do Movimento Partido da Terra – pelo qual foi cabeça-de-lista nas últimas eleições autárquicas – e revela que os seus dias “não têm sido fáceis”, tendo inclusivamente “sido obrigado” a participar à GNR “um crime de devassa da vida privada” que envolve a esposa e os filhos.
O esclarecimento surge depois de fonte da Distrital do PSD ter dito ao jornal O Amarense que o processo entregue pela Concelhia continua “informações erradas”, nomeadamente o facto de Paulo Sousa ser militante activo do Movimento Partido da Terra.
COMUNICADO NA ÍNTEGRA
“- É público que fui candidato pelo MPT, nas últimas eleições autárquicas, nas eleições para o Parlamento Europeu e também, há 2 anos, para a Assembleia da República, pelo Distrito de Braga. Basta, para o efeito, consultar os sites específicos do Ministérios da Administração Interna.
– Também é público que tenho colaborado com o deputado municipal Manuel Joaquim de Sousa, eleito precisamente nas últimas eleições municipais pelo MPT, e estou com ele na luta e defesa intransigente dos interesses dos munícipes de Terras de Bouro junto da Assembleia Municipal. São públicos estes factos e foram estes factos que serviram certamente para que a Comissão Política do PSD de Terras de Bouro me tivesse convidado para encabeçar a lista do seu partido à polémica eleição interna que teve o desfecho que todos conhecem.
– Tenho, portanto, um especial relacionamento com este partido, Movimento Partido da Terra, da ala da direita democrática do nosso país conjuntamente com o PSD e CDS-PP, e que nas últimas eleições obteve uns modestíssimos 0,42 % de votos a nível nacional;
– Fiz um donativo de € 30,00 solicitado pela extraordinária Dr.ª Gabriela Carvalho, vice-presidente daquele partido, para as “Legislativas 2015” (não possuo qualquer comprovativo, somente tenho memória desta acto);
– Se sou militante do MPT, não sei qual o meu número de militante nem tão-pouco tenho cartão que sustente esta factualidade. Também não possuo cópia da “minha declaração de militante”.
À parte este esclarecimento, para concluir tenho a comunicar o seguinte:
– depois do meu nome ter sido difamado em diversos órgãos de comunicação social em que me associam às recentes declarações do presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro proferidas no final da última Assembleia Municipal e que são do conhecimento público através do Vosso jornal;
– depois de ter sido obrigado a participar ao órgão de polícia criminal existente na sede do nosso concelho, GNR, de um crime de devassa da vida privada no qual envolve a minha esposa e os meus filhos, com o intuito de me coagir a mim e à minha família;
– depois de ter sido alertado para eventuais actos que me possam prejudicar profissionalmente;
– verificando agora que o “gigante” MPT – Movimento Partido da Terra também serve de arma de arremesso para algo que já está, e ainda bem, ultrapassado (a escolha do candidato do PSD à Câmara Municipal).
Tenho-vos a confessar que os meus dias não têm sido fáceis. Quem me conhece sabe que não sou vingativo nem difamador de ninguém. Basta verificar que há 4 anos, encabeçando as listas do MPT não tinha estas características, no entanto, agora, quando me associaram ao PSD passei a ser tudo isso.
VOU VIRAR ESTA PÁGINA, agradeço a todos aqueles que confiaram em mim e que comigo se preocupam e colaboram, apelando para que não reajam a provocações promovidas nas redes sociais ou meios de comunicação social.
A minha e vossa preocupação tem que ser somente uma: TERRAS DE BOURO e o nosso futuro colectivo.
Vou ser candidato, em lista de cidadãos independentes, à Câmara Municipal de Terras de Bouro cujo desiderato será inverter tudo aquilo que nos ameaça”.