O executivo municipal aprovou, esta segunda-feira, com duas abstenções, o relatório de contas referente a 2016. Para o presidente da Câmara, os resultados do relatório “mostram que temos desenvolvido uma governação transparente, eficiente e responsável com taxas de execução da receita e da despesa perto dos 100% que reflectem uma política de planeamento e rigor na gestão municipal”.
Na ausência da vereadora, Sara Leite, coube ao vereador do Movimento Independente, Sandro Peixoto justificar a abstenção: “tinha dito que o plano de investimento para 2016 era optimista e tal veio a verificar-se. Nenhuma obra planeada para 2016 arrancou mas, também, a bem da verdade, referia-se que algumas delas arrancaram este ano. Há um saldo negativo líquido e uma folga que não vamos ter em 2017 porque não haverá a venda de infra-estruturas”.
Jorge Tinoco, do PS, também se absteve e, para além um conjunto de dúvidas: “houve empresas que não encontraram condições para se fixar no Concelho; será que as dívidas a fornecedores estão todas explanadas?; não houve nenhuma obra estruturante e estou preocupado com o legado que nos vai deixar ficar”.
Manuel Moreira acrescentou ainda que “o município transitou para 2017 sem dívidas a fornecedores (excluindo os décimos de garantias a empreitada) e com um saldo de gerência a rondar os 847 mil euros. O município transita com uma margem de endividamento para utilizar na ordem dos 2,5 milhões de euros”. J
Jorge Tinoco acusou o presidente de ter “deturpado o programa” pelo qual foi eleito perguntando “onde estão os projectos para os rios, o parque de campismo, a carta desportiva ou os resultados práticos dos estudos da laranja e do vinho verde?”.
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P.A.P. (CP 9420)