Trinta médicos e enfermeiros pedem a despenalização da morte assistida aos presidentes da República e da Assembleia da República.
“Uma lei que defina com rigor as condições em que ela possa vir a verificar-se sem penalização dos profissionais”, pedem os profissionais da área.
Entre os signatários do pedido, incluem-se os médicos Alfredo Frade, Álvaro Beleza, Ana Campos, Ana Matos Pires, Francisco George, João Semedo, Jorge Torgal, Júlio Machado Vaz e Sobrinho Simões, e os enfermeiros Guadalupe Simões, Joana Reis Leitão, João Macedo e Miguel Pinto
A petição pública quer que seja aprovada uma lei que “não obrigue ninguém, seja doente ou profissional, mas que permita a cada um encarar o final da vida de acordo com os seus valores e padrões e, ao mesmo tempo, atribua aos profissionais de saúde novas condições para melhor respeitarem a vontade dos seus doentes”.
Os médicos e enfermeiros em questão acreditam que há “situações em que a boa prática é deixar morrer”, recusando-se a “manter ou iniciar tratamentos inúteis”
“Conhecemos as vantagens dos cuidados paliativos mas, também, os seus limites. E conhecemos, ainda, as situações em que respeitar a vontade do doente e o seu direito constitucional à autodeterminação significariam aceitar e praticar a antecipação da sua morte, não fosse a lei considerar como crime essa atitude exclusivamente movida pela compaixão humanitária”, lê-se no texto divulgado esta terça-feira pelo grupo.
Fonte: Jornal Económico