A Associação Florestal do Cávado, presidida pelo vilaverdense Carlos Cação, apresentou uma candidatura para a constituição de uma equipa permanente de Sapadores Florestais em Braga, que já teve o apoio da autarquia bracarense.
A declaração de compromisso assinada, esta segunda-feira, pelo presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, “garante todo o apoio do Município à criação desta equipa com o intuito de diminuir o risco de incêndios e contribuir para a valorização do património florestal do concelho”.
A área de intervenção proposta na candidatura incide sobre os perímetros florestais do Bom Jesus e do Sameiro, espaços que apresentam enorme importância não só a nível florestal, mas também no plano paisagístico, cultural, religioso, turístico e ambiental, cuja protecção e preservação é considerada uma prioridade em termos de defesa da floresta contra incêndios.
“A constituição de uma equipa de Sapadores Florestais no concelho irá contribuir decisivamente para a diminuição do risco de incêndio numa área sensível e recorrentemente afectada por incêndios, aumentando significativamente a resiliência do território aos incêndios florestais”, explica a autarquia.
A comprovar a importância desta área florestal, destaca-se a candidatura a Património Mundial da Humanidade da Unesco, que integra todo o conjunto arquitectónico e paisagístico do Bom Jesus do Monte, onde se destaca a basílica, os escadórios, o funicular e um espaço florestal com 25 hectares.
Para além desta área, a proposta da Associação Florestal do Cávado inclui o Santuário do Sameiro, o monumento em honra do Coração Eucarístico de Jesus e a Capela de St.ª Marta, espaços de peregrinação e muito procurados para o turismo religioso.
Nos últimos anos tem-se verificado nesta zona um elevado número de ocorrências, contabilizando-se grandes áreas ardidas. Em 2016, a área ardida foi superior a 500 hectares.