Depois de a Câmara Municipal ter aprovado esta segunda-feira a atribuição de bolsas de estudo a 220 alunos do ensino superior, num montante global que ascenderá a 78 mil euros, a JS critica a “discrepância” nos valores atribuídos.
“Segundo o que a JS pôde apurar, as bolsas terão uma ponderação máxima de 100 euros mensais. Considerará a Câmara Municipal este valor suficiente para satisfazer as inúmeras necessidades destes alunos?”, questionam os jovens socialistas.
Em comunicado, a ‘jota’ diz ter tido acesso ao”«documento justificativo da atribuição das bolsas, a partir da vereação do Partido Socialista, onde é visível uma discrepância nos valores atribuídos”.
“Existem alunos em que o rendimento bruto anual é de 6.500€, com 100€ de bolsa ou com 35€ de bolsa anual. Isto é grave!”, acusam.
Segundo a JS, em causa está o n.º 1 do artigo 9.º do regulamento de atribuição de bolsas, onde se lê que “deverá ser atribuída a bolsa máxima de 100€ mensais aos candidatos pertencentes ao Corpo Activo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde”.
“Verificam-se efectivamente casos em que alunos verdadeiramente necessitados não recebem o valor máximo disponível apenas porque não participam na actividade dos bombeiros, um mero capricho sem fundamento, que descredibiliza por completo o critério de atribuição das bolsas em questão”, criticam os jovens socialistas.
Por essa razão, a “JS defende que exista voluntariado, mas critica o facto de tal ser uma condição necessária para a atribuição de bolsas máximas. O valor já é insuficiente para a correcção de deficiências existentes no seio escolar”.
A título de exemplo, a ‘jota’ socialista diz que “um aluno que viva em Covas e que estude no pólo de Gualtar da Universidade do Minho em horário nocturno vê-se lesado com a inexistência de uma contínua rede de transportes públicos, necessidades essas ignoradas e negligenciadas”.
“Desta forma, o aluno será obrigado ou a arranjar alojamento em Braga, perto da universidade, ou a deslocar-se de carro todos os dias, uma despesa insuportável para quem necessite verdadeiramente de apoios financeiros”, realçam.