O escândalo rebentou em França, onde, em Dezembro de 2011, as autoridades pediram às 30 mil portadoras de implantes mamários da marca PIP, em França e no estrangeiro, que os retirem como medida de precaução. Mais tarde, as autoridades de saúde francesas anunciaram que 20 mulheres com implantes mamários da marca PIP declararam ter cancro.
A justiça francesa confirmou em Maio de 2016 em segunda instância a sentença de 4 anos de prisão imposta ao fundados da PIP , cujas próteses mamárias, implantadas em milhares de mulheres em todo o mundo, foram fabricadas sem qualquer controlo sanitário.
Em todo o mundo foram cerca de 300 mil as mulheres que colocaram próteses feitas com um gel de silicone não homologado. Destas, mais de 5 mil acabaram por apresentar queixa depois da ruptura dos implantes. Um quarto dos implantes mamários do fabricante PIP que foram retirados em França a mais de 16 mil mulheres tinham sinais de ruptura ou vazamento.
O escândalo das próteses mamárias PIP foi descoberto em Março de 2010. A empresa utilizava um gel de silicone não homologado para uso médico em vez do gel Nusil autorizado e que a empresa garantia estar a utilizar.
Em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) acompanhou o caso em França e começou por aconselhar as mulheres com implantes PIP a consultar um cirurgião ou médico assistente para exames de vigilância.
A 22 de Dezembro de 2011, um comunicado deste organismo revelava que cerca de 3% de todas as próteses mamárias implantadas são da marca PIP, estimando-se que 1.500 a 2 mil portuguesas tenham estas próteses implantadas.
No início de 2012, o Ministério da Saúde anunciou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) assegura a substituição dos implantes mamários com problemas nas mulheres que os tenham colocado nos serviços públicos e por razões de saúde.
Segundo o director-geral da Saúde, Francisco George, cada cirurgia para retirar os implantes mamários em mulheres que apresentem complicações deverá custar 1.300 euros ao SNS.
Fonte: Lifestyle