Os jogos educativos e de mesa que, muitas vezes, estão guardados ou esquecidos em casa, podem servir para estimular as pessoas com problemas de memória ou com a doença de Alzheimer.
A psicóloga Joana Araújo, especialista na área das demências, adiantou que os jogos estimulam a mente e a memória e, em simultâneo, cumprem uma tarefa de convívio e interacção social e familiar: “participar num jogo de tabuleiro ou pedagógico ajuda os que têm problemas de memória e os que deles cuidam”, afirmou.
Joana Araújo falava na 16.ª sessão do Café Memória, que decorreu este domingo no café ‘A Brasileira’,sob o tema ‘Jogos Estratégicos’.
Iniciativa da Associação Alzheimer Portugal contou com a presença de 30 pessoas e com colaboração da Associação Cidade Curiosa, do Banco Local de Voluntariado e do vice-presidente da Câmara Municipal de Braga, Firmino Marques.
Na ocasião, o dirigente da Cidade Curiosa Alberto Pereira acentuou que os jogos estimulam os sentidos todos, e defendeu que “há que estimular os nossos sentidos, vivê-los, no ver, no ouvir, no sentir”.
Já o vice-presidente da Câmara salientou a importância da iniciativa e justificou a sua presença dizendo que “é militante quando se trata de fazer bem aos outros, no caso as pessoas que sofrem Assinalando a participação do enfermeiro Leonel Fernandes, que trabalha na ACES (Agrupamento Complementar de Saúde) e é dirigente da secção regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, Firmino Marques vincou que o Café Memória tem, ainda, a vantagem de “permitir que se colijam dados de saúde que podem vir a ser úteis na tomada de decisões no sector”.
A Associação Alzheimer Portugal e a Câmara de Braga – revelou o autarca – pretendem criar em Braga um centro de recursos Cuidar Melhor, que divulgue boas práticas no tratamento de cidadãos com demências e colabore com as instituições do setor.
Andreia Antunes*
*Psicóloga estagiária no Lar de São João de Deus da Santa Casa da Misericórdia de Fão, Esposende; Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde pela Universidade