O candidato do PS à Câmara de Vila Verde, José Morais, apresentou esta segunda-feira um “projecto ambicioso”, no valor global de cerca de nove milhões de euros, para a criação de uma variante à EN 201 e à ER 205.
Segundo José Morais, trata-se de uma obra para cumprir no próximo mandato autárquico, caso seja eleito presidente da Câmara nas eleições do dia 1 de Outubro, que permitirá “fazer de Vila Verde um concelho atractivo para as empresas”.
“É um projecto ambicioso, que foi estudado e testado. Terá que ser executado no próximo mandato sob pena de, por pressão imobiliária, o projecto ter que ser alterado”, vincou.
A variante apresentada pelo PS servirá de complemento à variante à EN 101, da responsabilidade do Governo, cuja concretização José Morais dá como “adquirida” a breve prazo.
Interligar os parques industriais e empresariais do concelho, reduzir a distância de acesso à A3, aproximar as principais cidades do Norte de Portugal e da Galiza e fomentar a mobilidade ‘verde’ são os quatro objectivos que o PS pretende atingir com a criação da nova via.
“O projecto que hoje apresentamos será estruturante para a zona Sul do concelho. Permitirá descongestionar o trânsito no interior da Vila de Prado e criar uma variante a Vila Verde, que assegurará uma maior fluidez e uma substancial melhoria da circulação viária”, explicou José Morais.
“Neste momento, muitas pessoas não vêm a Vila Verde porque sabem o caos que é entrar na vila”, vincou.
Segundo o candidato socialista, beneficiará especialmente as freguesias de Cervães, Cabanelas, Oleiros, Vila de Prado, Lage e Moure. A interligação com a variante à EN 101 “ajudará a beneficiar a zona Norte do concelho”, assim como ligar ao parque industrial de Gême.
VARIANTE DE 6 QUILÓMETROS
A variante que o PS propõe criar terá uma extensão aproximada de seis quilómetros, entre Soutelo e Cervães, fazendo a ligação aos parques industriais existentes nesta zona do concelho.
“Trata-se de uma obra que deverá ter um custo global próximo dos nove milhões de euros – exequível para um município com orçamento anual de cerca de 30 milhões – e que deverá ser, em grande parte, suportada pelo acesso a fundos europeus, no âmbito do novo quadro comunitário”, explicou José Morais.
De acordo com o candidato socialista, permitirá “uma maior fluidez no acesso às empresas, desviando o trânsito de veículos pesados das zonas urbanas habitacionais”, sendo que o impacto habitacional “é reduzido”.
“Há apenas uma situação, em Prado, na zona da Corga, onde já estudamos uma alternativa. A via aérea parece-nos ser a que terá menos impacto”, explicou.
Segundo o projecto apresentado, a nova via terá duas faixas de rodagem e será complementada com candeeiros LED, árvores e uma ciclovia.
ACESSO À AUTO-ESTRADA
José Morais disse que as variantes, quer à EN 101, quer à EN 201/ER 205, ajudarão a criar futuramente “uma nova porta de entrada em Vila Verde, ao prolongarem-se até ao nó de acesso à A3”, que os socialistas pretendem ver construído em Lama, Barcelos.
“Com este novo nó e com o prolongamento destas variantes pretendemos encurtar a distância de acesso à auto-estrada, dos cerca de 15 km actuais (via Celeirós ou Anais), para uns escassos 4,5 km, em relação ao Parque de Oleiros”, frisou Morais.
O objectivo é “aproximar significativamente investidores nacionais e internacionais de diferentes sectores económicos”, assim como «o mercado turístico da Galiza, que representa cerca de três milhões de pessoas”.
O candidato socialista prevê que, após concretizada esta nova via, os parque industriais do concelho possam “duplicar” a sua capacidade.
Ricardo Reis Costa (CP 10478)