Os eurodeputados José Manuel Fernandes e Nuno Melo juntaram-se a autarcas esta sexta-feira na Casa do Conhecimento de Vila Verde para manifestar o “reconhecimento unânime” em torno da convicção de que “a diversidade cultural é um factor de competitividade e de desenvolvimento”, assumindo mesmo um “peso determinante na valorização da União Europeia no contexto global”.
Numa iniciativa para assinalar o Dia Mundial da Diversidade Cultural, o eurodeputado José Manuel Fernandes (PSD) sublinhou o multiculturalismo da União Europeia, assente no lema ‘Unidos na Diversidade’, que favorece “valores como a paz, a tolerância, a democracia e os direitos humanos e sociais, para além do próprio sucesso económico”.
“Somos todos verdadeiros e importantes. A valorização da diversidade representa uma mais-valia e uma riqueza da UE fundamentais para a qualidade de vida dos cidadãos e para a capacidade de competitividade europeia à escala global”, sustentou o eurodeputado.
O “mosaico imenso” que constitui a União Europeia foi igualmente enaltecida pelo parlamentar europeu Nuno Melo, do CDS-PP, aproveitando para se referir de forma especial às 24 línguas oficiais dos Estados-Membros da UE.
“A língua é um activo que a favorece a UE. No Parlamento Europeu, mesmo que as traduções possam por vezes introduzir alguns erros e ficar aquém do que queremos dizer, faço questão de falar em português. E há uma situação especial: quando falo em português, não sinto que estou a falar para 10 milhões de pessoas, mas para todos os europeus”, testemunhou Nuno Melo.
‘NAMORAR PORTUGAL’ E CASA DO CONHECIMENTO SÃO EXEMPLOS DE DIVERSIDADE
Foi nesta “valorização da diversidade cultural no contexto global” que o concelho de Vila Verde aproveitou para se afirmar como a “terra dos Lenços de Namorados” e do Namorar Portugal, conforme realçou a vereadora municipal Júlia Fernandes, destacando que as tradições e os meios rurais podem ter recursos e capacidade para vencer a competitividade do mundo global em que vivemos.
No encerramento da sessão, o presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela, apontou a Casa do Conhecimento de Vila Verde e a rede criada em seu torno como “promotoras da diversidade cultural, com reconhecida importância para o desenvolvimento e progresso”.
“A Casa do Conhecimento é ideia que nasceu em Vila Verde há alguns anos. Nasceu tão cedo que demorou a que muitas instituições percebessem a importância e o alcance desta iniciativa pioneira. Hoje, é de reconhecido sucesso, com uma rede que inclui a Universidade do Minho e oito municípios associados, tendo ainda pedidos de adesão de vários concelhos, incluindo do sul do país”, revelou Vilela.
A importância da Rede de Casas de Conhecimentos “para a difusão de educação e cultura, de portas abertas ao público, para eventos e actividades digitais”, foi explicada por Luís Amaral, da Universidade do Minho, perante uma plateia que juntou os directores de agrupamentos do concelho e alunos da Escola Secundária de Vila Verde. Conforme explicou, a expansão do conceito da Casa do Conhecimento tem revelado um efeito extremamente importante para o desenvolvimento de regiões com menor densidade populacional, arquipélagos e países subdesenvolvidos.